segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tito e Filomena se casam em Ribeirão do Tempo

Eduardo Miranda, do R7, no Rio
Michel Ângelo/ Record
Por Michel Ângelo/ RecordFilomena, na companhia do pai, Querêncio, antes de subir ao altar com Tito

Gravar cenas externas é mesmo algo trabalhoso. Seja no cinema ou na televisão, o diretor precisa incorporar o regente da natureza, dos humanos e dos animais. 

No caso de Ribeirão do Tempo, o regente atende pelo nome de Edgard Miranda. Foi ele quem precisou administrar os 29 atores, as 150 pessoas da equipe técnica e os 50 figurantes na cena de casamento de Tito (Ângelo Paes Leme) e Filomena (Liliana Castro). 

Além disso, no segundo dia de gravação, a equipe precisou dar conta de um cachorro que desde a manhã insistia em latir. O coro era completado pelas cigarras que anunciavam ruidosamente mais um dia de calor e de maquiagem derretendo. 

O coordenador de maquiagem da novela, Wagner Rezende, explicou ao R7 o processo para fazer bonito na hora em que a câmera capta o rosto dos atores. 

- No estúdio, a gente costuma trabalhar com temperatura de 17 graus. Aqui, hoje, está fazendo 32. Então, precisamos tomar cuidado com o brilho excessivo. Usamos o pó mineral para não precisar carregar tanto na maquiagem. Hoje, temos aqui 18 profissionais, entre maquiadores e cabeleireiros para dar conta de todo mundo. 

O matrimônio, que o telespectador vai acompanhar ao longo de três capítulos, demandou três dias de gravação num sítio em Vargem Pequena, zona oeste do Rio de Janeiro. A sequência está prevista para ir ao ar a partir desta terça-feira (10). 

O diretor Edgard Miranda contou ao R7 os percalços de uma gravação de tal porte, que havia sido escrita originalmente para estúdio pelo autor da trama, Marcílio Moraes. 

- Como a cena fica três dias no ar, achei que ficaria interessante dividir os três capítulos em dois momentos. São inúmeras as dificuldades. A primeira delas é contar com um dia bonito, o outro é ter a maestria para tocar essa equipe. Contar com todo mundo para manter silêncio, todo mundo ligado e fazer esse set acontecer é difícil. 

Com todas as dificuldades, Edgard ressaltou que o resultado é mais recompensador. 

- No estúdio, são quatro câmeras, aquela velha marcação em leque. Aqui, não tem a possibilidade de mudar a perspectiva, o fundo. Dá mais trabalho, mas o resultado é bem melhor. É uma trabalheira que compensa no ar, dá uma riqueza, ganha pompa. 

Edgard falou também do tom da gravação para um casamento com interesses financeiros. 

- Essa cena foge de um casamento comum. A heroína esta comprando um marido. Depois que ganhou uma grana, a primeira atitude foi essa. Ela faz isso por amor e ele aceita não porque é um cafajeste, mas porque a pousada está quebrada. Se ele não topar esse acordo, ele vai perder a pousada para o maior inimigo dele, que é o Nicolau, personagem do Heitor Martinez. É, ao mesmo tempo, antiética, mas justificável, dependendo do ponto de vista de quem olha.
Rede Record

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