sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Mania de mau


Heitor Martinez exibe versatilidade em "Ribeirão do Tempo", da Record

Desde que estreou na Record, em 2005, Heitor Martinez tem acumulado papéis com intensa carga dramática - por vezes violenta. "Procuro não escolher muito. Penso em fazer algo mais leve. Mas, se aí chega um excelente personagem como este, eu aceito", justifica o ator, que refere-se ao Nicolau da novela "Ribeirão do Tempo", da Record. Foi assim em 2006 com o bandido Jackson, de "Vidas Opostas", em 2007 com o inescrupuloso Petrônio de "Amor e Intrigas" e até com o investigador de caráter dúbio Leandro, da série "A Lei e o Crime", de 2009.
Na novela de Marcílio Moraes, Heitor vive um político vilão nada maniqueísta. Quando o personagem percebeu que o pai, o senador Érico, papel de Henrique Martins, era um empecilho para a sua carreira política, resolveu que precisava se livrar dele. E assim o fez. De noite assassinou o pai e na manhã seguinte estava ao lado da mãe Beatriz, vivida por Íris Brüzzi, para consolá-la. Tudo para Nicolau é possível. "Essa cena da morte foi difícil e muito marcante. A imagem de pai é uma coisa muito forte e não dá para não se envolver senão a cena fica fraca. Então é preciso abrir o peito e colocar muito da sua experiência de vida e do que o pai representa para você", relembra Heitor, que ficou cerca de quatro dias emocionado com a cena.

A tirania de Nicolau não fica restrita a assassinatos. Ele também é mandante de ciladas, ameaça os seus adversários e nem mesmo a bela e apaixonada Lílian, interpretada por Bruna Di Tullio, foge de suas garras. "A gente tem até de se controlar para um não machucar o outro. Então tem de aliar essa coisa do sentimento com a técnica. A Bruna é uma atriz que se entrega muito e se exige demais. Tinha gente que falou ´você não tinha de ter batido nela, tinha de ter batido na Arminda´", conta Heitor, entre risos, sobre a personagem de Bianca Rinaldi, o seu par romântico na trama.

Entre tapas, beijos, armações e assassinatos, Heitor garante que está gostando muito do atual papel. "Para mim, dos autores que eu trabalhei, ele é o que eu mais me identifico", derrete-se Heitor, que se refere ao autor Marcílio Moraes. A saída da Globo, logo após a novela "Senhora do Destino", de 2004, é vista com objetividade pelo ator: "Acabou a novela, acabou o meu contrato. Tive uma proposta e vim para cá"
Desde a sua estreia na tevê, em 1995, na novela "Cara & Coroa", da Globo, o ator acredita que tem trilhado uma carreira tranquila. Em "Ribeirão do Tempo", Heitor Martinez, ainda que preferindo não arriscar sobre o futuro do político megalomaníaco Nicolau, torce para uma batalha entre os dois principais vilões da trama.

Nenhum comentário:

Postar um comentário